terça-feira, 8 de dezembro de 2009

carrinhos da infancia



Nasci em 1973 no Rio de Janeiro. Minha primeira ligação com mundo automobilístico foram os carrinhos de bate-bate do Tivoly Park. Eu achava aquilo um pouco violento e me distraía. Eu era uma criança bem distraída. Tudo bem você ser distraída na aula de balé mas no carrinho de bate-bate do Tívoly: era nariz sangrando na certa. Para ser sincera, eu só ia para o brinquedo porque meu pai mandava.

Então eu ia andando devagar, pelas beiradas, atenta (acho que apavorada é a expressão mais precisa). Mas é impressionante como nesses lugares sempre tem um adulto filho da puta que acha engraçado sacanear criança. Eu que vivia no mundo da lua, era o alvo mais que perfeito.

Depois que o babaca batia em mim, eu saía chorando, sangrando e meu pai não se divertia mais, ao contrário: morria de vergonha. Para eu parar de chorar, ele me dava um chicabom. Adoro chicabom!



Meus primos menores tinham aqueles velocípedes de carrinho. Eu adorava, brinquei com eles até não mais caber. A gente corria pelo corredor de uma lado para o outro mas a casa não era grande o suficiente para fazer a curva, então a gente segurava o carrinho com as mãos, ficava de pé e rodava o carrinho.



Mas o carrinho que eu gostava de brincar era o de empurrar boneca. Quando meu filho nasceu, por causa das ruas esburacadas eu não achava a menor graça.